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"Pessoas do bem e para o bem são sempre bem vindas"

As possibilidades para que a INCLUSÃO SOCIAL reverta o percurso da EXCLUSÃO, crescem. Porém, necessário haver UNIÃO . Unidos, fica mais fácil identificar o que fazer, quando e como realizar os Movimentos Conscientes Reivindicatórios Organizados, Projetos Inovadores, Ações de Sensibilização, Políticas Educacionais, ... enfim, todos lutando pela Inclusão Social.

Cidinha Impellizzieri

Faça parte do Bloco da Inclusão !

"No exercício de compreensão da existência, a inclusão social acontece naturalmente, pela ampliação de nossa consciência. Da mesma forma, ao perceber a flora e a fauna como manifestação do Divino, nos leva a um sentimento de amor, gratidão e proteção ao que foi tão perfeitamente criado." Deixe o seu comentário,ok?
Abraços com amorosidade,

Cidinha Impellizzieri

terça-feira, 22 de junho de 2010

Inclusão Social

Espero, estar dando minha cota de colaboração, levando aos colegas informações sobre a Inclusão Sócio-Educacional. Mesmo, sendo tema mundialmente debatido, ganhando força na última década, todavia ainda é assunto pouco compreendido pelas pessoas. As possibilidades para que a INCLUSÃO SOCIAL reverta o percurso da EXCLUSÃO, crescem. Porém, necessário haver UNIÃO . Unidos, fica mais fácil identificar o que fazer, quando e como realizar Movimentos Conscientes Reivindicatórios Organizados, Projetos Inovadores, Ações de Sensibilização, Políticas Educacionais, ... enfim, todos lutando pela Inclusão Social. Entretanto, estas mobilizações, por si só não bastam, para garantir a efetividade da igualdade, se não houver mudanças de posturas, de atitudes, tendo em vista a interpretação da realidade e a articulação das ações. Todos somos responsáveis. Se quisermos que nossa Sociedade seja acessível, que dela todas as pessoas com deficiência possam participar em igualdade de oportunidades , é necessário fazer desse ideal, uma realidade a cada dia. Precisamos modificar nossos valores, aproximando-se desta realidade que é um fato mundial. A Inclusão é processo e envolve mudanças em TODOS nós, por isso é um trabalho longo e desafiador, que exige coragem, persistência , perseverança, determinação e disposição. Infelizmente, existe um emaranhado jogo de interesses e poder por trás do preconceito e da resistência, dificultando o cumprimento do princípio da igualdade , como expressão máxima da cidadania e dignidade da pessoa humana. Numa sociedade de perfeitos, “ditos normais” ou do homem ideal, a pessoa portadora de deficiência é ignorada e excluída, sendo certo que a evolução da sociedade não foi suficiente para afastar a exclusão e as dificuldades experimentadas. A reversão deste quadro é lenta, mas possível,sim, diante de uma atuação incisiva e consciente mostrar à sociedade dos ditos incluídos que os “EXCLUÍDOS”, até então, sem vez e sem voz, estão se organizando em movimentos conscientes, manifestando e expressando a insatisfação e as suas justas exigências em seus direitos consagrados, visando, assim, garantir a sua cidadania e a sua dignidade. Vamos, juntos, passo a passo, buscar através de nossas atitudes cotidianas contribuir na construção de uma sociedade efetivamente inclusiva! ... Sendo eu, uma sonhadora incorrigível, fico aqui sonhando com um mundo melhor, uma vida mais digna, um BRASIL mais perto daquele que tanto sonhei e ainda sonho...
E apesar das lutas, das dificuldades, dos sonhos não realizados..., nem tudo está perdido, que cada um de nós dê sua porção de talentos, dons e trabalho. Sejamos despojados, no sentido de viver o tempo presente em sintonia com as inesgotáveis possibilidades do conhecimento e convencidos das potencialidades humanas. Que as sementinhas espalhadas hoje, parecendo utopia, possam florescer , e a nova geração consiga colher os frutos, do que estamos semeando.
Quem sabe... o que hoje parece utopia... converta-se em realidade !
Cidinha Impellizzieri

"Alteridade"

Alteridade: uma idéia a ser abraçada por todos

Cidinha Impellizzieri fala sobre a importância de aceitar o outro
Na máxima "amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos" é evidente que o "amar" significa aceitar nosso semelhante como ele é. E a realidade mostra que essa é uma tarefa nada fácil, uma vez que o Homem se surpreende até mesmo com seus próprios defeitos.
Pensando nisso, há cerca de quatro anos, com a proposta da Política de Comunicação Social Espírita (PCSE), desenvolvida por Luiz Signates e Denizard de Souza, diretores da Associação Brasileira de Divulgadores do Espiritismo (Abrade), foi iniciado um movimento que busca resgatar o valor que está escrito na consciência de todos: a alteridade. Esse movimento se fortaleceu em janeiro de 2002 quando a Abrade realizou o primeiro Fórum sobre PSCE, em Fortaleza, apresentando a proposta da alteridade ao movimento . Até hoje, mais de 50 mil folders explicativos já foram distribuídos no Brasil e em Portugal, convidando todos a participarem desse movimento.
Mas o que significa alteridade? A alteridade se refere à aceitação das diferenças, ao aprender com os diferentes, aceitando-os e respeitando-os como são. Segundo Saara Nousiainen, que coordena o movimento na Abrade, a pessoa que vivencia a alteridade passa a ser mais fraterna em todos os sentidos, deixando de criticar, julgar, agredir...
Conforme explica Signates, "a alteridade é uma estratégia fundada na ética da fraternidade e da paz, um indicativo de como agir diante dos conflitos do mundo, inclusive os nossos, a fim de que possamos construir o mundo de regeneração, por representar, em sua profundidade, as leis cósmicas de convívio entre os Seres".
A postura alteritária (e que não se confunda com autoritária!) leva os que a praticam a verem todos com bons olhos. E a ética desse movimento é a aceitação; a convivência, o respeito e o aprendizado com a presença da diferença do outro. Isso não significa em concordar sem conflitar: "Ser pacífico é conflitar na linguagem, é jamais adotar a violência. É lançar o conflito para o reino da política, da diplomacia, da negociação, do acordo, da busca pela informação do consenso pragmático".
Esse é um movimento a que se dá começo, diz Saara Nousiainem, frisando que o seu desenvolvimento extrapola a possibilidade de controle, pois "percebemos que a palavra alteridade já é uma recomendação. Vários companheiros de outras associações de divulgadores têm feito seus fóruns de PCSE e outros eventos disseminando essa idéia".
"Quando planejamos esse movimento não o fizemos definindo objetivos, a não ser a máxima divulgação da idéia, e trabalho intenso para sua difusão", analisa Saara Nousiainen. E acrescenta: "trata-se de um movimento plural e aberto, como aquela idéia que alguém conhece e adota, passando a ser multiplicadora".
Vamos, pois à luta, juntos de mãos dadas, dar nossa colaboração em prol do incentivo da Inclusão, caso contrário estaremos sendo negligentes e coniventes com a tal exclusão.

* Cidinha (ou Maria Aparecida Impellizzieri) é Pedagoga especializada em Educação Especial e Inclusiva.O e-mail para contato é cmimpelli@uol.com.br .

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Minha homenagem ao Educador

Sua missão é muito especial. A você foi dado o privilégio e a responsabilidade de educar, instruir e preparar as gerações de amanhã. É uma missão significativa, valiosa e enriquecedora.
A sua realização profissional consiste em acreditar e amar o que faz, participar do desenvolvimento e formação intelectual do ser humano, vivenciar os frutos do seu esforço e dedicação, independentemente da falta de conscientização do tremendo valor da sua missão. A sua presença e atuação na sociedade é fator determinante para o desenvolvimento e valorização do homem. Você é capaz de minorar a ignorância, desabrochar novas vidas, despontar novos horizontes, iluminar corações sedentos de saber, abrir novas estradas para o conhecimento, dar à vida um novo sentido. Existe em você, educador(a), alguma coisa que o faz diferente dos outros profissionais : é a sua capacidade de transformar, preparar e moldar vidas humanas. O seu trabalho tem um nobre significado, porque envolve a sua participação na formação de uma geração.
A homenagem que lhe atribuo é justa e merecida. Você é digno de estima, admiração e reconhecimento pela opção de fazer do ensino o seu ministério; pela maneira como investe a sua vida no preparo de outras vidas, que mais tarde farão coisas grandes, porque antes receberam das suas mãos a bagagem necessária para o desenvolvimento do potencial humano. Que o grande Mestre o conserve assim:

Exemplo de amor, dedicação e desprendimento.





terça-feira, 15 de setembro de 2009

Novidades do dia - 15/09 (Repassando)

NOVIDADES - 15/09/09
Acessibilidade web, usabilidade, leitores de tela e navegação via teclado: como misturar tudo isso? http://www.acessibilidadelegal.com/33-leitores.php

Audiodescritora brasileira mostra sistema de audiodescrição em Portugal:
http://www.bengalalegal.com/blog/

Princípios Gerais da Convenção - Ana Rita de Paula:
http://www.bengalalegal.com/principios.php

Computador 'interpretará' linguagem de sinais pela primeira vez
http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL1303470-6174,00.html

Aprovado nesta semana na Câmara dos Deputados, o Estatuto da Igualdade Racial divide opiniões de integrantes do movimento negro.
http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1301785-5598,00-ESTATUTO+DA+IGUALD

Métodos de ensino são adaptados em aulas de música para deficientes
http://www.agenciapara.com.br/exibe_noticias_new.asp?id_ver=50852

Jovens deficientes querem eliminar barreiras e mudar mentalidades
http://www.mundoportugues.org/content/1/5614/comunidades-jovens-deficientes-

Semed promove oficinas do Curso Educar na Diversidade na Capital
http://www.rondonoticias.com.br/showNew.jsp?CdMateria=88111&CdTpMateria=7

EVENTOS

ENCONTRO ANUAL DO GRUPO RETINA SÃO PAULO
26/09/2009- SABADO UNIFESP/EPM Teatro Marcos Lindenberg Rua Botucatu,862
2ºandar - São Paulo Estaçao Santa Cruz do Metrô) -SP/SP HORARIO : 08:30 ÀS 17 HORAS
A inscrição é gratuita e deverá ser feita , antecipadamente pelos telefones ( 11) 5549 2239 da 2ª a 6ª feira das 09 as 17 horas , ate´o dia 22/9/2009 com Simone.

OFICINA DE ACESSIBILIDADE E COMUNICAÇÃO
19 de setembro/2009, de 08 às 12 horas, na sala 104 do bloco 3Q, campus Santa Mônica da Universidade Federal de Uberlândia – UFU As inscrições são gratuitas e poderão ser feitas através do email comissão@proconferencia.org

I Encontro de Educação Inclusiva de São Bernardo do Campo Dorina Nowill, Maria Tereza Mantoan, Liliane Garcez 22 a 26 de setembro de 2009 Inscrições e Informações - Seção de Formação do Magistério, através do e-mail:
palestrasbc@gmail.com

VII Fórum Municipal da Pessoa com Deficiência  30 de setembro de 2009 08:30 às 14:30 h.
CIAD - Mestre Candeia Av. Presidente Vargas, 1.997 - auditório 311 - Cidade
Nova - Rio de Janeiro - RJ comdef@pcrj.rj.gov.br *
http://comdef-rio.blogspot.com/

CURSO DE Tradução Visual com Formação em ÁUDIO-DESCRIÇÃO: Duração de 45 horas, no período de 24 de setembro à 10 de dezembro de 2009, sempre às quintas-feiras, das 14:30h às 17:30h.
Outras informações: pelo telefone do CEI/UFPE: 081-3453 5066.

“A importância da família e da escola na Educação Inclusiva” 29 de setembro às 9 horas, no auditório do Centro Cultural “Raul Cortez” –
Av: São Paulo, 3465, Vera Cruz – Mongaguá/SP.

4ª Mostra Paulista de Cinema Nordestino no Centro Cultural São Paulo.
http://www.mostracinepaulistane.blogspot.com/

O seu site é acessível ?
Cheque aqui : http://www.acessibilidadelegal.com/

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

I Encontro de Educação Inclusiva de São Bernardo do Campo

I Encontro de Educação Inclusiva de São Bernardo do Campo Dorina Nowill Maria Tereza Mantoan, Liliane Garcez 22 a 26 de setembro de 2009 Inscrições e Informações - Seção de Formação do Magistério, através do e-mail: palestrasbc@gmail.com

Nova Promoção do Dicionário Libras

Nova Promoção do Dicionário Libras
APOSTILAS
MATERIAL DIDÁTICO PARA O ENSINO/APRENDIZAGEM DE LIBRAS

Caderno de exercício LIBRAS - I = 15,00
Caderno de exercício LIBRAS - II = 15,00
Caderno de exercício LIBRAS - III = 15,00
Caderno de exercício LIBRAS - IV = 15,00
Caderno de pintura LIBRAS p/crianças 15,00
Caderno de exercício SW - I = 15,00
Caderno de exercício SW - II = 15,00
Caderno de exercício SW - III = 15,00
Caderno de exercício SW - IV = 15,00
Para cada dois cadernos acrescente R$ 7,00 para remessa
Toda a relação abaixo em 1 cd por
R$ 25,00 + r$ 7,00 (remessa)
Três programas de datilologia; programa para aprender sinais Libras; programa para geografia; programa Paisagem Urbana; Relógio com mostrador cambiável e com caracteres Libras; JOGOS DE BINGO com
figuras, palavras, sw, meses, religião, palavras escritas,horas,números, subtração, soma, estados brasileiros;minutos, todos com 80 ou mais cartelas. JOGOS DE MEMÓRIA: geometria 1, higiene, cores,
frutas, verbos, verduras, datilologia, inglês, animais; minutos.
TRIOMINÓ: pré-primário, horas com mais de cem peças; DOMINÓ:horas, cores em inglês,família, animais, frutas, sílabas, veículos, verbos, alimentos,Todos com mais de cem peças cada um;TRIOMINÓ
E BINGO para American Sign Language; Palavras cruzadas em SW Libras, língua de sinais da Nicarágua, American Sign Language; FOLHAS DE EXERCÍCIOS: 105 folhas de exercício abrangendo diversos níveis e para crianças ouvintes e surdas, adultos e universitários.FONOLOGIA, quadros murais, letras true-type; Mais de 400 animações gigantes em Libras; 123 animações em ASL; 16 animações em LGP; Primeira aula de Escrita de sinais , em Power-Point; Apresentação em Power-Point sobre datilologia; apresenta-
Pronta sobre animais (demonstrativo); Animação mostrando inúmeras Expressões faciais.Dicionário Português- Sw (Libras); Teses, dissertações,Textos, livros para facilitar o seu TCC,escritos em txt, doc,
pdf. , curiosidades, Papel de parede; Símbolo da surdez para imprimir e outros arquivos afins.


COMO COMPRAR
1- Calcule o valor da compra.
2- Deposite na conta bancária abaixo.
3- Informar-nos através de e-mail os dados do depósito, nome e endereço de quem deverá receber a encomenda.


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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Principal !

Na máxima "amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos" é evidente que o "amar" significa aceitar nosso semelhante como ele é. E a realidade mostra que essa é uma tarefa nada fácil, uma vez que o Homem se surpreende até mesmo com seus próprios defeitos.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Muitos brasileiros não sabem que têm deficiência auditiva

Duas novas pesquisas sugerem que muitos brasileiros não sabem que têm deficiência auditiva. Uma delas, feita com 5.250 pessoas no Estado de São Paulo, mostrou que 5% dizem ter o problema, em um ou nos dois ouvidos. Foram ouvidos moradores das cidades de Itapecerica da Serra, Embu, Taboão da Serra, Campinas e Botucatu e da Administração Regional do Butantã (na capital).A pesquisa foi feita por questionários, não foram realizados exames clínicos para confirmar os resultados.No caso do outro estudo, que incluiu a realização de exames auditivos em 1.050 pessoas em Juiz de Fora (MG), dados preliminares de 598 entrevistados mostram que 10,6% têm, de fato, algum grau de surdez nos dois ouvidos. Se for considerada a surdez também em um só ouvido, o índice sobe para 30%.Apesar de os dados da segunda pesquisa ainda não estarem totalmente tabulados, a autora, a otorrinolaringologista Letícia Baraky, acredita que não devem se alterar muito. O trabalho foi feito pela UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora) e pela USP (Universidade de São Paulo) e será replicado com a mesma metodologia em outras cidades.O estudo de São Paulo foi publicado na revista ‘Cadernos de Saúde Pública’ e feito por pesquisadores da Unesp (Universidade Estadual Paulista), da USP e da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), em conjunto com a Secretaria de Estado da Saúde.Segundo Baraky, é comum as pessoas não saberem que têm deficiência auditiva. O estigma em relação à surdez pode atrapalhar o diagnóstico. “As pessoas têm medo de ir ao médico e descobrir que estão perdendo a audição ou que precisam usar um aparelho auditivo”.Se a surdez for em só um ouvido, é mais difícil perceber o problema, pois o outro acaba compensando a falha. Mas novas pesquisas apontam problemas nessa compensação. “Quando a pessoa tem a audição unilateral, o lado do cérebro que não é estimulado se desenvolve menos”, diz Baraky.A surdez também pode ser confundida com outras condições. Um homem de 92 anos entrevistado pelo estudo de Juiz de Fora, por exemplo, tomava remédios para depressão quando na verdade se isolava por não escutar bem.Não diagnosticada a tempo, a deficiência auditiva traz problemas para crianças, que podem ter prejuízo no desenvolvimento da fala ou na escola.Daí a importância do teste orelhinha, que detecta a deficiência auditiva em bebês e é obrigatório só em algumas cidades brasileiras. “O teste do pezinho é mais consolidado, sendo que a surdez é muito mais comum do que doenças como a anemia falciforme, detectada pelo teste do pezinho”, afirma Baraky.No Brasil, o diagnóstico de surdez é feito, em média, aos cinco anos de idade. Nos EUA, por exemplo, é aos seis meses.O estudo de Juiz de Fora constatou que a surdez é mais comum nos homens, provavelmente por ficarem mais expostos ao excesso de ruído no trabalho em fábricas. Também foi mais frequente em pessoas com hipertensão, diabetes e deficiência visual. A associação nesses casos pode ocorrer devido à idade avançada, mas há estudos que mostram que o diabetes pode lesar células que captam o som.No estudo do Estado de São Paulo, a deficiência auditiva foi mais acentuada nas faixas etárias acima de 59 anos (18,7%), entre pessoas que referiram doenças nos 15 dias anteriores (8,4%) e com transtorno mental comum (8,85%).Segundo Mariana Sodário Cruz, professora da Faculdade de Medicina de Botucatu da Unesp e uma das autoras do estudo, a associação entre dificuldade auditiva e transtorno mental comum, definido por ela como ‘sentimento de tristeza’, é inédita. Não é possível aferir, porém, se a deficiência auditiva é um gatilho para esse transtorno ou o contrário.Entre as causas atribuídas pelos entrevistados à deficiência auditiva, as mais comuns foram doenças (20%), idade avançada (13%), acidente de trabalho (9%) e causas congênitas (6%).Para Luciano Neves, otorrinolaringologista da Universidade Federal de São Paulo, a pesquisa não surpreende, mas é importante porque chama a atenção para a ocorrência do problema sob o ponto de vista do paciente. “O trabalho trata de uma parcela da população, mas pode servir de espelho para o resto do Brasil”.Os dados de surdez no Brasil são mais altos do que a média mundial (4,2%, diz a Organização Mundial da Saúde). Países em desenvolvimento são responsáveis por dois terços dos casos. A falta de diagnóstico precoce e a dificuldade de acesso a serviços de saúde, que levam ao não tratamento de doenças como otites, ajudam a explicar a diferença.

Livro dá dicas sobre melhor maneira de receber pessoas com deficiência

Vai Encarar?

Livro dá dicas sobre melhor maneira de receber pessoas com deficiência
A jornalista e consultora de etiqueta Claudia Matarazzo fala sobre melhor maneira de receber pessoas com deficiência em seu mais novo livro: "Vai Encarar? - O Mundo (quase) Invisível de Pessoas com Deficiência", lançadono mês passadopela editora Melhoramentos. Ao longo das suas 216 páginas, a publicação traz dicas de como preparar melhor a casa para a visita de um cego, como falar com um surdo sem dificultar a leitura labial e o que fazer para melhor recepcionar um paraplégico. Os textos têm como base entrevistas com cadeirantes, surdos, anões, cegos e pessoas com outros tipos de limitações. Alguns deles ganharam perfis na obra, nos quais contam suas histórias. Seus relatos e opiniões contribuem também para capítulos que falam de tópicos como sexo e moda. A principal consultora do livro, ouvida por Claudia, é a vereadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), que ficou tetraplégica após um acidente de carro. Segundo Mara, faltava uma publicação assim no mercado, que abordasse a questão da deficiência de maneira sensível e ao mesmo tempo prática, facilitando a aproximação e conseqüentemente a naturalidade ao lidar com essas questões.Para a autora, preparar a casa para receber quem tem deficiência basta apenas ser atencioso e gentil, como para qualquer outro convidado. Uma das dicas é não sufocar a curiosidade natural das crianças, proibindo que elas interajam com o convidado. "O menor dos problemas de uma pessoa com deficiência é responder às eventuais perguntas de uma criança. Deixe que conversem e, depois, se perceber que o pequeno está sendo inconveniente, intervenha. Mas nunca antes, criando uma barreira antecipada", diz um dos capítulos. A publicação é acompanhada por audiolivro para deficientes visuais, narrado pela autora. Vai encarar? - A nação (quase) invisível de pessoas com deficiência.Autora: Claudia Matarazzo (consultoria de Mara Gabrilli)216 páginasEditora: MelhoramentosPreço: R$ 29,00

Preconceito contra Pessoas com Deficiência.

Preconceito contra Pessoas com Deficiência.

O presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Heron Carlos Alves de Souza, concorda com Neusa que a falta de preparo da sociedade para lidar com as diferenças é uma forma de preconceito. "Não respeitar a dificuldade de aprendizado também é discriminação".
De acordo com pesquisa, as pessoas com deficiência (física ou intelectual, em especial a intelectual) são as que mais sofrem rejeição dentro do ambiente escolar. Do universo entrevistado, 96,5% demonstram querer distância deste grupo. A intensidade da atitude preconceituosa chega a 32,4%.
Para Heron, o resultado do estudo mostra que a discriminação é velada. Embora não seja direta, a sociedade não acredita na capacidade de quem tem deficiência. Isso fica mais nítido quando existe concorrência para vagas em empregos e a pessoa considerada "normal" sempre é escolhida.
No entendimento da presidente da Associação da Síndrome de Down de Mato Grosso, Júlia Ulrich Alves de Souza, essa rejeição contra as pessoas com deficiência é reflexo da própria educação familiar e ambiente escolar, que deve promover a a inclusão. O contato com as diferenças é importante para o entendimento de que a pessoa com deficiência tem capacidade para desenvolver as atividades.
"Hoje, o Ministério da Educação praticamente obriga que faça a inclusão no Ensino Regular e isso é importante para o relacionamento. É a falta de contato que promove o preconceito. A escola é a vivência, é o contato com outras crianças. As vezes as pessoas falam que não gostam da pessoa com deficiência, mas nunca conviveu com ela".
Heron destaca que a inclusão deve começar no seio familiar. "Se a própria família não tiver a capacidade de amar, como vai querer que os outros respeitem a pessoa com deficiência?".
E a extensão dessa inclusão deve ocorrer na escola, que precisa estar preparada para receber este aluno. A falta de preparo para trabalhar a diversidade dentro das escolas mostra que a educação precisa de reforma. As instituições trabalham e educam da mesma maneira há décadas e é necessário buscar meios para atender as necessidades da sociedade como um todo.
Heron defende que existem várias formas de ensinar, além do emprego obrigatório do livro e da prova escrita. Porém, a maioria dos professores não procura adaptar o currículo como forma de atender a diversidade.

Pesquisa sobre o Preconceito.
O estudo sobre Preconceito e Discriminação no Ambiente Escolar foi encomendado a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) a pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao MEC.
O coordenador do trabalho, José Afonso Mazzon, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), comenta que ficou surpreso com o resultado. Ele destaca que as escolas são ambientes onde o preconceito é bastante disseminado por todos. "Não existe alguém que tenha preconceito em relação a uma área e não tenha em relação a outra. A maior parte das pessoas tem de três a cinco áreas de preconceito. O fato de todo indivíduo ser preconceituoso é generalizada e preocupante
".