Alteridade: uma idéia a ser abraçada por todos
Cidinha Impellizzieri fala sobre a importância de aceitar o outro
Na máxima "amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos" é evidente que o "amar" significa aceitar nosso semelhante como ele é. E a realidade mostra que essa é uma tarefa nada fácil, uma vez que o Homem se surpreende até mesmo com seus próprios defeitos.
Pensando nisso, há cerca de quatro anos, com a proposta da Política de Comunicação Social Espírita (PCSE), desenvolvida por Luiz Signates e Denizard de Souza, diretores da Associação Brasileira de Divulgadores do Espiritismo (Abrade), foi iniciado um movimento que busca resgatar o valor que está escrito na consciência de todos: a alteridade. Esse movimento se fortaleceu em janeiro de 2002 quando a Abrade realizou o primeiro Fórum sobre PSCE, em Fortaleza, apresentando a proposta da alteridade ao movimento . Até hoje, mais de 50 mil folders explicativos já foram distribuídos no Brasil e em Portugal, convidando todos a participarem desse movimento.
Mas o que significa alteridade? A alteridade se refere à aceitação das diferenças, ao aprender com os diferentes, aceitando-os e respeitando-os como são. Segundo Saara Nousiainen, que coordena o movimento na Abrade, a pessoa que vivencia a alteridade passa a ser mais fraterna em todos os sentidos, deixando de criticar, julgar, agredir...
Conforme explica Signates, "a alteridade é uma estratégia fundada na ética da fraternidade e da paz, um indicativo de como agir diante dos conflitos do mundo, inclusive os nossos, a fim de que possamos construir o mundo de regeneração, por representar, em sua profundidade, as leis cósmicas de convívio entre os Seres".
A postura alteritária (e que não se confunda com autoritária!) leva os que a praticam a verem todos com bons olhos. E a ética desse movimento é a aceitação; a convivência, o respeito e o aprendizado com a presença da diferença do outro. Isso não significa em concordar sem conflitar: "Ser pacífico é conflitar na linguagem, é jamais adotar a violência. É lançar o conflito para o reino da política, da diplomacia, da negociação, do acordo, da busca pela informação do consenso pragmático".
Esse é um movimento a que se dá começo, diz Saara Nousiainem, frisando que o seu desenvolvimento extrapola a possibilidade de controle, pois "percebemos que a palavra alteridade já é uma recomendação. Vários companheiros de outras associações de divulgadores têm feito seus fóruns de PCSE e outros eventos disseminando essa idéia".
"Quando planejamos esse movimento não o fizemos definindo objetivos, a não ser a máxima divulgação da idéia, e trabalho intenso para sua difusão", analisa Saara Nousiainen. E acrescenta: "trata-se de um movimento plural e aberto, como aquela idéia que alguém conhece e adota, passando a ser multiplicadora".
Vamos, pois à luta, juntos de mãos dadas, dar nossa colaboração em prol do incentivo da Inclusão, caso contrário estaremos sendo negligentes e coniventes com a tal exclusão.
* Cidinha (ou Maria Aparecida Impellizzieri) é Pedagoga especializada em Educação Especial e Inclusiva.O e-mail para contato é cmimpelli@uol.com.br .
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As possibilidades para que a INCLUSÃO SOCIAL reverta o percurso da EXCLUSÃO, crescem. Porém, necessário haver UNIÃO . Unidos, fica mais fácil identificar o que fazer, quando e como realizar os Movimentos Conscientes Reivindicatórios Organizados, Projetos Inovadores, Ações de Sensibilização, Políticas Educacionais, ... enfim, todos lutando pela Inclusão Social.
Cidinha Impellizzieri
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"No exercício de compreensão da existência, a inclusão social acontece naturalmente, pela ampliação de nossa consciência. Da mesma forma, ao perceber a flora e a fauna como manifestação do Divino, nos leva a um sentimento de amor, gratidão e proteção ao que foi tão perfeitamente criado." Deixe o seu comentário,ok?
Abraços com amorosidade,
Cidinha Impellizzieri
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terça-feira, 22 de junho de 2010
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